É a maior nota de corte parcial do Brasil, comparando as registradas pelos 88 campi que oferecem esse curso no programa do Ministério da Educação (MEC).
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Entre as 10 universidades com índices mais altos em medicina, 9 delas adotam um "bônus geográfico": atribuem 10%, 15% ou 20% de acréscimo às notas do Enem de quem nasceu ou estudou em determinada região (entenda ao longo desta reportagem).
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Na análise, o g1 considerou somente as modalidades de ampla concorrência (ou seja, as que não envolvem cotas para negros, pardos, indígenas ou ex-alunos de escolas públicas, por exemplo), com base nos índices divulgados pelo site do Sisu à 0h desta quarta-feira (16).
Até sexta (18), o sistema recalculará as notas parciais todos os dias.
10 maiores notas de corte em medicina
Abaixo, veja o ranking das 10 maiores notas de corte em medicina, na modalidade de ampla concorrência, nas parciais de 16 de fevereiro, à 0h.
Sisu: maiores notas de corte parciais em medicina
| Universidade | Campus | Cidade | Nota de corte parcial (16/02) |
| UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ | Marco Zero | Macapá | 918,38 |
| UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE | Caicó | Caicó (RN) | 909,91 |
| UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA | Sede | João Pessoa | 876,35 |
| UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO | Santo Amaro | Recife | 867,79 |
| UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO | Agreste Caruaru | Caruaru (PE) | 864,09 |
| UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE | Central | Mossoró (RN) | 860,45 |
| UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE | Centro de Ciências da Saúde | Natal | 859,53 |
| UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO | Faculdade de Odontologia | Bauru (SP) | 855,16 |
| UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE | Campus Universitário | Rio Branco | 853,57 |
| UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS | Arapiraca - Sede | Arapiraca (AL) | 852,7 |
Fonte: Ministério da Educação
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Bônus regionais
Das 10 universidades com notas de corte parciais mais altas para medicina, 9 delas oferecem pontos extras na nota do Enem para os candidatos que nasceram ou estudaram em determinados locais. Apenas a USP não adota esse critério geográfico.
A intenção do chamado "bônus regional" ou "bônus por CEP" é estimular que os moradores do entorno da universidade continuem sua formação acadêmica no mesmo estado.
Em 2016, a medida virou motivo de embate judicial, quando a Defensoria Pública da União (DPU) alegou que havia discriminação nesse sistema de classificação -- usado, à época, pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pela Universidade Federal do Oeste de Bahia (Ufob), entre outras instituições.
Exemplos de bônus regional no Sisu 2022
No Sisu 2022, os candidatos da Universidade Federal do Amapá (Unifap) que cursaram o ensino médio no próprio estado ou no Pará (na mesorregião do Marajó ou na cidade de Almeirim) ganham um bônus de 20% na nota do Enem -- não importa se estudaram em escola pública ou particular.
O mesmo ocorre na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde os inscritos nas 19 vagas de ampla concorrência podem receber um acréscimo de 20% caso tenham concluído o ensino fundamental e cursado todo o ensino médio em determinadas regiões do estado ou da Paraíba.
Isso colabora para que a Unifap e a UFRN estejam com notas de corte acima de 900 pontos.
Na prática, como funciona?
Um exemplo fictício: na Universidade Federal de Pernambuco, são oferecidas 40 vagas de ampla concorrência em medicina. João, nascido em Porto Alegre, tirou 850 no Enem, e Maria, que é de Carpina (PE), alcançou 800 pontos.
Como a aluna entra no critério de "bônus regional" por ter estudado na Zona da Mata, sua nota ganha um acréscimo de 10% e salta para 880.
Apenas ela conseguiria, portanto, uma vaga (caso a nota de corte continue em 867,79).
Notas de corte mais baixas em medicina
A instituição de ensino com nota de corte parcial mais baixa em medicina foi a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), no campus de Mossoró (RN): 770,92 pontos.
Em seguida, estão: Universidade Federal de Roraima (UFRR, campus Paricarana, em Boa Vista), com 776,81; e Universidade Estadual de Mato Grosso (UFMT, campus de Rondonópolis), cuja nota foi 779,88.
Como funcionam as notas de corte?
Para consultar as notas de corte parciais, é preciso selecionar um curso e uma modalidade (ampla concorrência ou algum tipo de cota social) no site do Sisu.
Sistema permite busca por cidade, curso ou instituição de ensino — Foto: Reprodução
Se o candidato estiver logado, ele verá também qual a sua posição na lista dos que já se inscreveram.
Por exemplo: um estudante que tenha média de 760 pontos no Enem, nos critérios da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), digita "medicina" na busca. Ele vê que, no campus de Natal, a nota de corte parcial para ampla concorrência é 859,53:
Nota de corte em medicina, na UFRN (campus de Natal) — Foto: Reprodução
- São 49 vagas. Isso quer dizer que, de todos os que se inscreveram neste curso até 0h de quarta-feira, a 49ª nota mais alta era justamente 859,53. Por isso, ela é considerada a nota de corte parcial.
- Se o candidato digitar sua senha, verá no sistema qual a sua colocação: como ele tirou 760 pontos, no momento, está em 150º lugar (exemplo fictício).
- Caso ele deseje trocar de curso e escolher um cuja nota de corte parcial seja mais baixa, basta mudar sua inscrição. É possível fazer essas alterações quantas vezes quiser, até sexta-feira, quando o processo do Sisu é encerrado. O sistema vai considerar a última marcação feita.
Exatamente por ser um processo seletivo dinâmico, as notas de corte parciais são flutuantes. Sempre à meia-noite, o Ministério da Educação (MEC) atualiza esses balanços.
Nesse exemplo da UFRN: mais estudantes podem optar por esse curso durante esta quarta-feira. Se eles tiverem um desempenho ainda melhor no Enem, a nota de corte de 859,53 vai subir. Por outro lado, se alguns desistirem ou trocarem de opção, ela pode cair.
Ou seja: todos os dias, até sexta-feira, fique atento a essas notas de corte parciais.
Cronograma do Sisu
- Inscrições: 15 a 18 de fevereiro
- Resultado da chamada única: 22 de fevereiro
- Matrícula ou registro acadêmico: 23 de fevereiro a 8 de março
- Manifestação de interesse em participar da lista de espera: 22 de fevereiro a 8 de março
- Resultados da lista de espera: a partir de 10 de março
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I am an education expert with a comprehensive understanding of the Brazilian higher education system, particularly in the context of the Sistema de Seleção Unificada (Sisu) and the admission process for medical courses. My knowledge extends to the factors influencing admission, including the unique criteria adopted by universities and the bonus systems in place.
The article you provided discusses the partial cutoff scores for medical courses in Brazil, specifically focusing on the top 10 universities with the highest cutoff scores in the general category (ampla concorrência) as of February 16. The data is sourced from the Ministry of Education (Ministério da Educação or MEC) and is subject to recalculation until February 18.
One noteworthy trend highlighted in the article is the prevalence of "geographic bonuses" in the admission process. Among the top 10 universities, nine employ a "geographic bonus" system, providing an additional 10%, 15%, or 20% to the scores of candidates who were born or studied in specific regions. This bonus aims to encourage residents in proximity to the universities to pursue their academic careers within the same state.
The controversy surrounding the "regional bonus" or "CEP bonus" is briefly touched upon, referencing a past legal dispute in 2016 when the Defensoria Pública da União (DPU) argued that such a classification system led to discrimination.
The article also presents examples of how the regional bonus operates in the Sisu 2022. For instance, the University Federal do Amapá (Unifap) and the University Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) offer bonuses to candidates who completed their education in specific regions, contributing to their higher cutoff scores.
Furthermore, the piece explains the dynamics of cutoff scores and how they fluctuate. It emphasizes the importance of regularly checking the partial cutoff scores on the Sisu website, as they are updated daily until the closing date of the application process.
Lastly, the article provides a schedule for the Sisu, outlining key dates such as the deadline for applications, the release of the unique call results, academic registration periods, and the timeline for expressing interest in the waiting list.
If you have any specific questions or need further clarification on any aspect of this information, feel free to ask.
